Podes-me explicar como é que depois de tudo ainda não saíste de mim?
Continuo com este desejo enorme de te procurar e dizer-te tudo aquilo que durante tanto tempo receei dizer. As tentativas de te excluir são em vão, não queres sair, e eu, lá no fundo, também não o quero. A culpa deste turbilhão de sentimentos é tua, por me teres dado tanto e teres sido tão grande. Todas as noites penso como seria se tudo tivesse sido diferente. Talvez não nos conhecêssemos ou me fosses indiferente. Sinto falta do teu sorriso, sinto falta da tua presença, de ti, de nós. Sinto falta de quando mexias comigo e me deixavas doida, a odiar-te e ao mesmo tempo a amar-te e a desejar-te como nunca. Das noites em branco após discussões e do medo que me fazias sentir, o medo de te perder, o medo de te amar demais. Adorava a tua maneira de ser, esse teu jeito distante mas ao mesmo tempo presente, a tua maturidade e a maneira como vias o Mundo. Adorava tudo em ti, eu amava-te. Em tempos foste o que nunca ninguém conseguiu ser. E agora, ao fim de tanto tempo és capaz de me explicar como de um momento para o outro toda uma história feita se perdeu? Só queria que me amasses, será que foi pedir-te muito?